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Mochilão Bolívia, Peru e Chile rumo a Machu Picchu

Postado por: @JohnyAton / @djalmatoledo

Foram dois anos de preparação. Tivemos a idéia, mas faltavam à coragem e a grana. Então para testar como sairíamos juntos em uma viagem relativamente longa, fomos ver de perto as Cataratas do Iguaçu, foi muito bacana, nos saímos muito bem, mas esta é outra história.

Como havíamos nos saído muito bem em Foz do Iguaçu, a parte da coragem já havia sido superada, faltava agora o cash! Ah! outra coisa, incompatibilidade de tempo, o que acontece com muitos grupos de amigos, quando um tem tempo, o outro não tem, quando todos tem tempo, falta dinheiro, e por aí vai. Após dois anos da viagem para Fóz, nos deparamos com a situação:

Djalma havia sido demitido da empresa em que trabalhava há alguns anos e, conseqüentemente tinha tempo e dinheiro. Eu tinha tempo, porém, ainda não tinha dinheiro, mas trabalhava duramente para conseguir. Em dezembro de 2008, combinamos que viajaríamos após o carnaval. Eu trabalhando em uma balada muito movimentada em Ilhabela e estava guardando cada centavo que conseguia.

Enquanto a hora da viajem não chegava, tivemos que tomar algumas providências básicas para quem deseja fazer esse tipo de viagem.

  • 1 Definir roteiro de viagem
  • 2 Levantar gastos estimados
  • 3 Calcular o tempo de viagem
  • 4 Calcular gastos pré viagem

Sim, isso é o básico. Definimos o roteiro pesquisando na net os lugares mais interessantes mas o foco principal era Machu Picchu.

A partir daí pesquisamos em comunidades no ORKUT (sempre tem muitas dicas boas) e em outras redes de relacionamento, em blogs, com amigos, etc. Através dos contatos que fizemos tivemos uma noção de quanto precisaríamos para nossa viagem, eu disse “noção” sim, porque o dólar sempre muda de valor e pra lá os valores giram em torno dele.

Para calcular o tempo de viagem, deve-se analisar o tempo que você tem disponível e por quais lugares pretende passar, enfim, calcular se vai dar tempo de ver tudo o que você quer. Agora gastos pré viagem, pode acreditar quem viaja muito sabe disso, no nosso caso tivemos gastos com calçados, filmadora entre outras coisinhas, não vamos nos estender muito.

Passou o carnaval, e ainda não tínhamos o dinheiro suficiente. Os amigos, já haviam sido avisados da viagem, começavam a tirar sarro! “E aí, a viagem?”.

Alguns nos taxavam como loucos, outros diziam, “pega o dinheiro e compra uma moto”. Na época a gripe suína (H1N1) estava começando a estourar no México e nossas famílias apreensivas queriam nos impedir de viajar.

Bom, enfim é chegado o dia tão esperado, partimos de São José dos Campos as 15:30 do dia 24 de maio de 2009.

Corumba

Corumbá / Porto Quijarro

Foi maçante, 22 horas de viagem, geralmente leva menos tempo, mas o ônibus quebrou e chegamos após o horário previsto. Chegando em Corumbá, caminhamos até o albergue da juventude e pernoitamos lá até o dia seguinte.

Dia 26 de maio, é hora de atravessar a fronteira. Fomos de taxi até Porto Quijarro de onde pegaríamos o tão famoso Trem da Morte. Na estação já fizemos nossas primeiras amizades, um “carioca” do Espírito Santo, com um nome bem peculiar: Mayewski e um Peruano cheio de lábia que vivia no Brasil há 25 anos. Compramos passagens e embarcamos para Santa Crúz de La Sierra.

Como era domingo e a imigração já estava fechada após o meio dia, decidimos que iríamos carimbar nossos passaportes em Santa Cruz, pois o prazo é de 48 horas após a entrada no país. O trem que percorria os trilhos lentamente e de vez em sempre parava em algum vilarejo, onde entrava uma multidão de gente vendendo desde frango assado em tigelas, até limonada retirada de baldes com conchas de feijão. Na TV exibiam o filme do momento vencedor de vários oscars “Quem quer ser um milionário” dublado em espanhol e legendado em inglês. Ao nosso lado estava sentado um ser estranho, de cabelos longos encaracolados e loiros pra lá de despenteados.

Quando chegamos em Santa Cruz, já éramos brothers do peruano, e do carioca. Não ficamos muito na cidade, almoçamos e no final do dia embarcamos para La Paz. Ah detalhe, na estação em Santa Cruz procuramos a central de imigração e explicamos a situação, e o cidadão que nos atendeu muito atencioso disse para não nos preocuparmos, que poderíamos voltar a procurá-lo as 15:30 que carimbaria nossos passaportes.

Depois de almoçar voltamos para o terminal e procuramos o tal boliviano da imigração. Resultado, o atencioso homem nos extorquiu 100 bolivianos para carimbar os passaportes, pois o carimbo é gratuito! Discutimos no inicio, mas como ele premeditou a ação, já estávamos com as passagens compradas para La Paz e o bus sairia em minutos. Pagamos e seguimos viagem reclamando, revoltadíssimos.

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