VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO NESSA AVENTURA!

Acampamento no Parque Nacional do Itatiaia Temporada 2014

Saímos de São José dos Campos na sexta feira as 06:30 da manhã, a maior parte da viagem foi tranquila, não pegamos muito transito , a não ser no último trecho da Rodovia Sebastião A. do Nascimento onde, no 0km (zero) saímos a direita sentido Parque Nacional do Itatiaia.

Chegamos ao Parque por volta das 9 horas, o dia estava perfeito, por sorte conseguimos vaga no camping dentro do próprio parque. O preço é muito bom e tem uma estrutura bem melhor do que muitos lugares onde já acampamos e acampar com vista para o Agulhas Negras não tem preço.

Cachoeira do Aiuruoca Parque Nacional do Itatiaia

1° dia Sexta Feira 02/05/2014
Devido ao horário decidimos montar o acampamento somente no final da tarde e iniciar o quanto antes nossa aventura, fizemos então nosso planejamento da seguinte forma: neste primeiro dia faríamos a trilha da Cachoeira do Aiuruoca, no sábado como tínhamos combinado com o nosso guia Levy, faríamos o Prateleiras e no domingo subiríamos o Morro do Couto.

 

Iniciamos então a trilha para a Cachoeira do Aiuruoca por volta das 11 horas, a trilha não é difícil, porem deve-se ficar muito atento aos detalhes para não se perder, pois existem muitos totens que levam a outras trilhas já que o parque tem inúmeras atrações e as trilhas muitas vezes se cruzam. Para a Cachoeira do Aiuruoca uma dica é seguir as placas da cachoeira até uma bifurcação onde terá uma outra placa indicando Asa de Hermes e Pedra do Altar, então neste momento seguir sentido Pedra do Altar até uma outra bifurcação onde indicara qual trilha seguir até a Cachoeira do Aiuruoca.

 

Primeiro nos desviamos um pouco da trilha, onde encontramos dois rapazes que também procuravam o caminho até a cachoeira, eles tinham seguido os totens que depois descobrimos que levava até a Asa de Hermes, resolvemos então voltar um pouco na trilha e tentar achar o caminho certo, porém os rapazes desistiram pois já estavam a um bom tempo tentando encontrar a cachoeira. Voltamos um pouco e encontramos mais três pessoas que também estavam a procura da trilha para cachoeira, mas já estavam um pouco cansados e acharam melhor apenas admirar a vista da trilha, e voltar ao camping.

Voltamos até a placa onde informa a trilha da Asa de Hermes e da Pedra do Altar e, após dar uma olhada em uma foto que tiramos do mapa do parque, conseguimos achar a trilha correta que deveria ser sentido Pedra do Altar. Após 2 horas de caminha chegamos a Cachoeira do Aiuruoca um lugar muito bonito com água muito limpa e para o cenário ficar ainda mais bonito a luz do sol estava batendo em suas águas e formava um belo arco-íris.

 

Pena que estava muito frio e por isso não entramos na água apenas tiramos muitas fotos e ficamos admirando a paisagem por um tempo. Durante o retorno passamos por uma cobra que estava imóvel bem no meio da trilha, parecia muito com um pedaço de corda, não entendemos muito de cobra então não sabemos que cobra é, mas ficamos admirados, tiramos várias fotos e seguimos em direção ao camping onde montamos nossas barracas, ajeitamos nossas coisas e só pensávamos na hora do jantar.

 

Conforme a noite foi caindo, a temperatura também teve uma queda considerável. Preparamos então nosso jantar enquanto conversávamos com um grupo que também estava acampado no Parque e após o jantar fomos dormir, a noite foi tão fria que de manhã havia gelo em cima das barracas e dos carros.

 

Prateleiras Parque Nacional do Itatiaia

2° dia Sexta Feira 03/05/2014
Nosso objetivo para este dia foi o cume do Prateleiras e após o café encontramos com o guia Levy e o restante do grupo que já estava fechado, mas como coração de guia sempre cabe mais um, mais 3 pessoas entraram no grupo para o Prateleiras , o que pra nós foi ótimo pois tivemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas.

Saímos por volta das 9:00 e em poucos minutos de caminhada passamos pela Cachoeira das Flores mas decidimos continuar sentido Prateleiras, só  paramos em uma mina de água enchemos o cantil e continuamos pela trilha. Alguns trechos são fáceis e outros um pouco mais complicados com escalaminhada, mas tanto o guia quanto a própria equipe vai se ajudando para que todos subam em segurança e ninguém fique para trás.

 

Durante a subida há vários lugares para tirar fotos como a Pedra da Tartaruga e a vista para a Serra Fina. Paramos algumas vezes e cerca de 1 hora depois chegamos ao ponto onde é necessário o equipamento de segurança, neste momento  é preciso um pouco de coragem e confiança para seguir a diante até o cume.

 

Nessa parte a subida requer muita paciência por que deve subir uma pessoa por vez com o auxilio da corda, depois de algum tempo e muita disposição conquistamos os 2.539 metros de altitude do Prateleiras.  Presenciamos uma imagem muito bonita com nuvens a baixo de nós e do outro lado toda a extensão da Serra Fina, com suas montanhas e a exuberante Pedra da Mina com seus 2.798 metros de altitude, tudo muito bonito, e mais uma vez o esforço foi recompensado, assinamos o livro, tiramos muitas fotos, fizemos um lanche e descansamos um pouco.

   

Na descida fizemos um caminho um pouco diferente, nosso guia nos levou para conhecer outros lugares, como Pedra da Maçã, Pedra Montada e a Pedra da Tartaruga. Essa é a diferença em estar com um bom guia! Tiramos muitas fotos e rimos muito pois a galera estava entrosada e apesar do cansaço o astral estava muito bom.

   

Dali continuamos em direção ao ponto de partida, passamos pela cachoeira e ali o pessoal já estava cansado então nos separamos do grupo que seguiu para o fim da trilha, mas nós fizemos questão de descer até a Cachoeira das Flores para fechar com chave de ouro nosso passeio.

De volta ao acampamento, tomamos um banho (GELAAADUUU) e preparamos nosso jantar. A noite gelada foi regada a sopa, vinho e um bom bate-papo, nossos novos amigos do camping estavam bem animados e prepararam um verdadeiro banquete com direito a queijos, vinhos, marshmallows e uma longa sessão de piadas de acampamento, foi muito bom e muito divertido.

Morro do Couto – Parque Nacional do Itatiaia

3° dia Domingo 04/05/2014

Acordamos com o sol já brilhando bem forte no céu, encontramos nossos amigos que ofereceram um café com leite bem quente (impossível de se recusar) e durante o café planejamos os detalhes do último dia de passseio que, basicamente era desmontar as barracas e já deixando tudo pronto para partir, após a subida ao Morro do Couto.

Então colocamos este plano em prática, nos despedimos do pessoal e seguimos com o carro até o estacionamento próximo a portaria onde se inicia a trilha para o Couto,  Fernanda (Etrilhas) estava com a perna doendo muito e até chegou a pensar em ficar esperando no estacionamento, enquanto o restante do grupo; Djalma, Marcelo (Etrilhas) e o nosso amigo Adilson subiam ao Couto, mas logo ela mudou de ideia e resolveu subir também.

Dali seguimos as placas que indicam o caminho que se inicia por um pequeno trecho de estrada e logo se torna uma trilha um pouco mais estreita com vários mirantes e com uma vista incrível. A trilha para o Couto é bem marcada e necessita apenas de um pouco mais de preparo físico para o trecho final que é de escalaminhada, mas é bem tranquila. As 11:00 horas chegamos ao nosso objetivo, o topo do Couto a 9ª montanha mais alta do Brasil com altura de 2680 metros e visão de 360° graus com uma paisagem espetacular. Uma verdadeira obra de arte. Neste momento a Fernanda disse:  “Obrigada meu Deus.. ainda bem que eu vim, ainda bem que estou aqui, valeu a pena…”.

Já haviam algumas pessoas no cume, e enquanto tirávamos nossas fotos foram chegando mais pessoas e todas ficavam impressionadas com a beleza do local. Lanchamos, conversamos um pouco e descansamos enquanto admirávamos aquela paisagem no horizonte que parecia não ter fim, e para ficar ainda melhor uma garota que estava com um grupo ao nosso lado sacou um livro e começou ler lindas poesias. É incrível como a natureza nos torna pessoas mais sensíveis.


 

Mas infelizmente nossa aventura estava chegando ao fim. Nos despedimos do Morro do Couto e voltamos pela trilha até a portaria do parque, e dali seguimos viajem de volta pra casa.

Claro que já estávamos cansados, com saudades de casa, de um bom prato de comida, banho quente, e uma cama confortável, mas nada disso supera a sensação de liberdade e de descobrir que você é capaz de vencer o cansaço e até a dor em busca de um objetivo. Nesta temporada 2014 no Parque Nacional do Itatiaia o ETrilhas, mais uma vez,  fez grandes amigos e conheceu pessoas incríveis que jamais esqueceremos.

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