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Em busca das cachoeiras de Itamonte – MG

Quando fomos ao Parque Nacional do Itatiaia descombrimos que ali perto existia uma cidadezinha que escondia belas cachoeiras, como esse destino era relativamente perto e pelo que tínhamos pesquisado os pontos turísticos pareciam ser próximos ao centro da cidade, decidimos ir em busca das Cachoeiras de Itamonte, em Minas Gerais.

Domingo 19 de Fevereiro de 2012 saímos de São José dos Campos com destino a Itamonte.


Chegamos por volta das 10 horas, passamos direto pela cidade em direção a Casa Alpina (um hotel desativado que estava sendo utilizado para um retiro religioso) onde fomos conhecer a Cachoeira Alpina.  Seguimos a pé por alguns metros depois do hotel e chegamos à cachoeira, uma bela queda com um poço de água muito limpa, o local tem boa estrutura e é de fácil acesso.

Nadamos um pouco e seguimos a trilha, mais a frente uma outra queda d’agua com o que sobrou da estrutura de quando funcionava o hotel, piscinas naturais, mesas, cadeiras e até um tobogã, porém tudo abandonado e sem condições de uso.

 

Meio dia, hora do almoço, tivemos que passar pelo centro da cidade para ir à outra cachoeira, e em todos os restaurantes viamos anúncios que serviam truta, então nos demos ao luxo de experimentar este prato tão famoso na cidade.

Satisfeitos com a refeição e de barriga cheia, fomos em busca de mais uma cachoeira e de acordo com nosso pré-roteiro, nossa próxima parada foi a Cachoeira da Conquista. Já no outro lado da cidade seguimos sentido Bairro da Conquista por uma estradinha de terra até final, onde deixamos o carro e continuamos a pé por mais uns 40 minutos.  A trilha é um pouco complicada, pois em alguns momentos pode ser confundida com trilhas feitas pelo gado, o ideal é pedir ajuda ou pelo menos uma orientação para alguém que conheça bem o trajeto, no nosso caso, um simpático garotinho nos acompanhou. A cachoeira é incrível, quando descemos até a base podemos sentir como ela é imponente. Aquela enorme quantidade de água descendo fazia muito barulho e as gotículas de água borrifavam a vegetação à sua volta.

Depois que voltamos da Cachoeira da Conquista começamos a busca por um lugar para acampar. Paramos em várias pousadas onde fomos bem recebidos porém não nos permitiam acampar, foi então que decidimos seguir para um dos campings que vimos pela internet, mas durante o caminho as pessoas diziam que ele estava desativado assim como os outros. Até que chegamos por indicação na pousada do “CH” que também não autorizou que acampássemos no seu quintal, mas indicou o hostel do Felipe que talvez pudesse nos acolher.

Quando chegamos ao hostel já era noite estava tudo fechado e parecia não ter ninguém, mas como tinha uma placa com o nome Hostel Picus, decidimos chamar, foi então que o Felipe apareceu em meio à escuridão e disse que o hostel estava em funcionamento. Conversamos durante alguns minutos, ele nos mostrou as acomodações e como a área de camping estava em reforma ele nos convenceu a ficar hospedados. Por volta das 22:45h acabamos de jantar e foi a melhor refeição que poderíamos ter feito, tirando a truta que comemos no almoço é claro rs. Como estávamos um pouco longe do centro e muito cansados decidimos ficar no hostel e dormir.

Acordamos as 8:00h com uma bela vista da Pedra do Picu que podia ser vista pela janela do nosso quarto. A noite foi bem tranquila, tirando o susto com um morcego que ficava sobrevoando nossas cabeças.

De café tomado e com o lanche na mochila, partimos em busca de mais cachoeiras e a principal delas é a Cachoeira da Fragária próximo ao bairro Campo Grande.

Passamos pela entrada do Bairro Morro Grande, caminho para Cachoeira do Escorrega e da Usina dos Braga, mas deixamos pra passar por lá só na volta. Depois de andarmos por mais de uma hora por uma estrada que começou de asfalto, passou a ser de paralelepípedos e terminou de terra, finalmente avistamos o Bairro Campo Grande. Um vilarejo muito bonito com uma capela bem no centro. Paramos conversamos com os moradores e nos informamos sobre a cachoeira.

Viramos a esquerda após o campo de futebol e continuamos pela estrada de terra por mais ou menos um quilômetro e depois de uma curva, como num passe de mágica, aquela imensa cachoeira surgiu a nossa frente e imediatamente paramos o carro, tiramos algumas fotos e ficamos ali imóveis por alguns segundos somente admirando tamanha beleza.

Neste momento passou um senhor de carro e perguntamos a ele sobre a trilha para se chegar até o pé da cachoeira, e ele nos disse que era exatamente ali, atravessando a cerca e descendo até uma árvore seca onde iniciava a trilha. Seguimos seu conselho e nos embrenhamos na mata e a cada passo podíamos sentir a energia que emanava da bela cachoeira da Fragaria com seus 100 metros de queda.

Quando enfim chegamos à base da cachoeira, ficamos tão emocionados em estar diante dessa incrível maravilha natural que ficamos estupefatos e percebemos como somos seres privilegiados por presenciar tal espetáculo. Após nos banharmos em suas águas geladas e translúcidas tiramos algumas fotos e logo tivemos que nos despedir para seguir viagem.

Nossa próxima parada é a Usina dos Braga, uma usina ainda em funcionamento onde logo após a barragem podemos apreciar uma bonita queda d’água: a Cachoeira da Usina dos Braga. O lugar é ideal para fotografias, porém, não é permitido se banhar porque fica dentro de propriedade particular e é preciso pedir permissão para se chegar até ela.

Dali partimos para a Cachoeira do Escorrega, um lugar muito gostoso daqueles que da vontade de passar a tarde toda. Existem vários lugares para mergulhar e é claro um escorregador natural.

Passamos em Itamonte na volta, compramos o famoso queijo minas e mais algumas guloseimas e às 20h partimos de volta para São José. Chegamos em casa um pouco tarde, mas com aquela sensação de missão cumprida e a alegria de ter aproveitado cada momento dessa nova aventura.

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